Hoje trazemos a história de Dom Matias Patrício de Macedo
Família
Dom Matias nasceu no dia 14 de abril de 1936 na cidade de Santana do Matos no Rio Grande do Norte. Ele que é o primogênito de uma família de 16 filhos. Seu pai José Patrício de Macedo era comerciante, tendo uma mercearia, que naquele tempo podemos dizer que era no mínimo o mercadinho da cidade. Já sua mãe Luíza Valdenita da Cunha, era do lar, sendo prendada nos afazeres domésticos, como na educação dos filhos. Ainda criança ele se muda com a família para a cidade de Angicos, também no Rio Grande do Norte, na qual foi criado e educado.
Estudos Escolares
Na cidade de Angicos ele inicia os estudos primários no Grupo Escolar José Rufino, onde conhece o então pároco da cidade, o padre Manoel Tavares, o qual foi seu primeiro catequista. Este vigário depois viria a ser nomeado Bispo de Caicó. Nesta época o ainda Padre Manoel Tavares funda uma escola para atender crianças da região, sendo dividida em duas alas, a dos meninos e a das meninas. Então o jovem Matias Patrício passa a colaborar com o vigário ajudando na ala dos meninos. Os seus serviços eram muito importantes e tão bem realizados que, o padre administrador da escola quando precisava se ausentar, confiava a ele a responsabilidade da mesma. Aquilo era para o menino Matias Patrício uma responsabilidade grande, porém, ele realizava aquela tarefa com muito zelo e prazer.
Estudos Eclesiásticos
Com apenas 13 anos foi convidado para ingressar no seminário, mas disse não. Já no ano seguinte, no início de 1951, aceita o convite desta vez, sendo enviado para o Seminário de São Pedro em Natal, onde foi recebido pelo então Reitor, Monsenhor José Adelino que depois seria eleito Bispo, assumindo a Diocese de Caicó, no ano seguinte. A passagem do seminarista Matias Patrício de Macedo pelo Seminário foi marcante, pois fazia de um tudo, ele era muito prestativo, aliás como sempre o foi, desde os tempos de ajudante do Vigário Manoel Tavares, na verdade ele era um verdadeiro artífice. Cito apenas alguns predicados dele: era mordomo, enfermeiro, barbeiro, além de ser um bom goleiro de futebol. Aqui conto um caso entre tantos casos curiosos do Seminarista Matias Patrício. Foi quando ele quebrou o braço direito em um desses jogos de futebol, na recreação entre os seminaristas, fato que o obrigou a aprender a escrever com o braço esquerdo, uma vez que ele é destro e teria que fazer os estudos obrigatórios. Ele conta que foi difícil aprender a escrever com a outra mão, mas conseguiu. Uma outra curiosidade da estadia de Dom Matias no Seminário em Natal, foi a substituição de Dom Adelino como reitor, por Dom Alair, que na época era o Monsenhor Alair Vilar, ele que anos mais tarde assumiria a Arquidiocese de Natal. Este seria o terceiro padre que veio a ser bispo, com o qual conviveu antes da ordenação. Em 1957 foi enviado para o Seminário da Prainha em Fortaleza, onde concluiu a Filosofia e a Teologia, estando pronto para a missão como padre da Igreja.
Ordenação
Dom Matias foi ordenado Presbítero no dia 14 de julho de 1963, pelo então Arcebispo de Natal, Dom Eugênio Sales, em celebração realizada na antiga Catedral de Nossa Senhora da Apresentação em Natal. Após a ordenação ele retorna para a conclusão dos estudos teológicos, ainda no Seminário da Prainha em Fortaleza, onde passa a colaborar na celebração de missas, junto às paróquias próximas ao seminário, permanecendo assim até o final do ano de 1963.
Missão
Em dezembro de 1963, é nomeado Vigário Cooperador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Ceará Mirim, permanecendo até meados de 1964, quando é transferido para assumir a Paróquia de Canguaretama e Pedro Velho, tomando posse em 10 de julho deste mesmo ano. O ainda padre Matias Patrício de Macedo permanece nesta paróquia até 1968 quando é transferido para a Paróquia da Imaculada Conceição em Nova Cruz, onde realiza um trabalho pastoral bastante significativo por 22 anos.
Episcopado
Dom Matias ainda era pároco de Nova Cruz, quando recebe a nomeação para ser bispo de Cajazeiras na Paraíba, tomando posse no dia 21 de outubro de 1990, permanecendo por 11 anos a frente desta diocese. A ordenação episcopal foi realizada na Matriz da Imaculada Conceição em Nova Cruz, sendo presidida pelo já Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Alair Vilar. Um dos serviços pastorais que registramos em seu governo a frente desta Diocese, foi o II Congresso Eucarístico Diocesano em comemoração aos 80 anos da Diocese de Cajazeiras, o qual foi realizado em junho do ano 2000. Ainda neste mesmo ano, foi nomeado Bispo Coadjutor da Diocese de Campina Grande na Paraíba, onde no ano seguinte, portanto em 2001, toma posse como o novo bispo titular da referida Diocese, ficando até 2003 quando foi elevado a Arcebispo de Natal. Sua posse ocorreu em 25 de janeiro de 2004, em cerimônia realizada na Catedral Metropolitana de Natal
Como Arcebispo de Natal Dom Matias entrou para história da Arquidiocese como aquele que até o momento ordenou o maior número de padres em um mesmo governo episcopal, sendo 58 em sua totalidade. Contudo, esta não é a sua melhor marca, e sim, a celebração do Centenário da Diocese de Natal, a qual foi criada em 1909, tendo seus festejos realizados no ano de 2009, quando na ocasião, entre tantos trabalhos pastorais realizados, como as Santas Missões Populares, inclusive este foi um dos trabalhos pastorais que mais marcaram a passagem de Dom Matias a frente da Arquidiocese; destacamos principalmente a impressionante construção de 102 capelas nas mais diferentes regiões geográficas da Arquidiocese, homenageando a marca centenária da Diocese de Natal. E por fim, neste mesmo período também foi realizado o I Congresso Eucarístico Missionário encerrando os festejos do Centenário de criação da Diocese.
Atualmente Dom Matias está emérito e vive na tranquilidade da sua residência, mas sempre que procurado, com muita solicitude atende a todos com paciência e presteza.
Entrando em contato
Se você quiser entrar em contato com ele é só enviar carta para Rodovia BR 101, Km 76, s/n Bairro de Emaús em Parnamirim/RN o CEP é 59.150-000