Falando com Deus - Levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. Mt 8, 23-27

Este evangelho de hoje, nos mostra com clareza a pouca Fé dos discípulos, uma vez que mesmo com o seu Mestre dentro da barca, ainda assim eles se agitaram, imaginando-se perecer diante daquela tempestade. Todavia, Jesus os adverte por essa fraqueza e aproveita este mesmo momento para mostrá-los quem é que de fato manda e que deveriam  confiar plenamente em Deus.

Ontem fomos convidados a dar o nosso sim, no Segue-me proferido por Jesus. Hoje nos é apresentada esta situação onde os discípulos estavam enfrentando um prenúncio do que seria a vida daqueles que dão o sim a Deus. Fica muito claro que as dificuldades serão terríveis, a ponto de sermos tentados a desistir da caminhada, porém, nós já fomos alertados de que não seria fácil, mas também, de que Jesus estaria sempre conosco, como de fato esteve e ajudou aos discípulos em meio a tempestade que enfrentavam.

O que fica para nós desta cena de hoje, é de que dar o sim a Jesus, não significa que teremos vida fácil, e também fica claro que Ele nos socorrerá na hora que for necessária aos olhos Dele e não na hora em que acharmos que ele terá que intervir; afinal de contas, o nosso dever não é ditar regras a Deus, e sim, crer piamente na sua misericórdia, e aceitar que no tempo certo ele nos atenderá.

Falando com Deus - Segue-me! Mt 8, 18-22

Após a Solenidade de São Pedro e São Paulo celebrada no dia de ontem, ficou muito claro para nós, os exemplos de verdadeiros seguidores de Cristo, que foram eles, onde levaram essa ordem a cabo, a ponto de doarem a própria vida em favor do seguimento de Jesus. Já no evangelho de hoje nós é quem somos convidados ao seguimento de Cristo; mas, isso não é para qualquer um, e sim, para aqueles que estão dispostos a largar tudo e passar a viver de acordo com os ensinamentos que aprendemos com ele, através do seu evangelho.

Seguir a Cristo não é fácil, sabemos disso, até porque, ele mesmo nos diz que sequer tem onde reclinar a cabeça, e também sabemos que aqueles que toparem a ideia, e aceitarem a seguir o seu caminho, devem estar dispostos a mudar de vida, pois, dar o sim e não mudar, é o mesmo que dizer que vai fazer algo, e não fazer, em outras palavras é querer enganar.

Portanto, seguir a Cristo não é apenas dizer sim, mas mudar de vida, deixando os desregramentos para trás e passando a viver de acordo com os seus mandamentos, e para isto não somos obrigados a deixar o conforto do nosso lar, nem a entrar para uma Comunidade Religiosa, mas precisamos aderir a uma vida pautada pela prática do amor em todas as coisas que fizermos, seja em casa, seja nos estudos, seja no trabalho, seja onde quer que estejamos, façamos tudo como quem realmente segue a Jesus Cristo.

Falando com Deus - Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino do Céus. Mt 16, 13-19

Celebramos hoje a festa de São Pedro e São Paulo, as duas Colunas sustentáculos da Igreja. Em Pedro temos a simbologia da Igreja Petrina, onde o Papa nos representa não só os Apóstolos, mas aquele que nos liga diretamente a Cristo. Enquanto Paulo nos é apresentado como aquele que leva a Palavra de Deus aos quatro cantos da terra, e em nome Dele nos apresenta o próprio Jesus, como exemplo de uma nova maneira de viver.

Essa festa remonta ao século IV, onde já se celebrava a festa de Pedro dentro dos muros e de Paulo fora dos muros de Roma e uma outra nas catacumbas onde provavelmente foram  escondidos os corpos deles por algum tempo. Nesta época já se tinha uma verdadeira devoção por estes dois que melhor retratam a Igreja Católica Apostólica Romana.

A celebração de hoje nos deve fazer compreender que, temos uma Igreja alicerçada e solidificada nos ensinamentos de Jesus Cristo, a qual chegou até nós por intermédio e derramamento do sangue de muitos mártires, que não esconderam a sua fé, e mais ainda, deram a própria vida como crença e testemunho daquilo que receberam de Cristo através dela ao longo da história.

E hoje os recebedores desta Graça de Cristo através da Igreja, somos nós que, inclusive  temos a obrigação de sermos os portadores desta mesma Graça, para que se perpetue neste mundo o novo modo de se viver a vida, que é o ser Cristão, ou seja, temos a obrigação de também, se for preciso dar a nossa vida por esta causa.

Portanto, deixemos de lado a passividade de apenas ouvir a Boa Nova de Cristo e passemos também a propagá-la entre os nossos, ainda que seja a uma única pessoa, mas que façamos como verdadeiros discípulos de Cristo, dando o nosso testemunho.

Falando com Deus - Muitos virão do oriente e do ocidente, e se sentarão à mesa junto com Abraão, Isaac e Jacó. Mt 8, 5-17

Você sabe o que é ter Fé? Você sabe o que é viver a Fé? A Fé tem dono? Ela é monopólio de alguém? Bom, são tantas perguntas, as quais devem ser respondidas por você. Todavia, esses questionamentos devem servir como base enquanto procura entender que a Fé não tem hora nem lugar para aparecer. Inclusive não é preciso nem mesmo ser Cristão para se ter Fé. Faça um exercício para tentar compreender o que moveu o oficial romano a crer piamente em Jesus.

Entretanto, esta Fé não deve deve servir apenas como crença naquilo que desejamos, mas principalmente para a nossa conversão. De que nos adianta dizer que temos Fé, se quando passamos pela primeira dificuldade, já entramos em desespero. A Fé tem que nos levar a  fazer tudo como se não existisse dúvida alguma.

E quando as coisas se fizerem reais, devem servir para unir os nossos pensamentos com as nossas ações, atitudes, formas de viver a nossa vida, onde certamente todos serão testemunhas da nossa crença em Cristo, e em seus ensinamentos.

Falando com Deus - Se queres, tu tens o poder de me purificar. Mt 8, 1-4

É óbvio que Jesus quer nos purificar e nos colocar de volta ao convívio desta sociedade que rejeita os “imperfeitos” para ela, os que não se enquadram em seus “padrões”, aqueles que são tidos como “diferentes”; porém, se eles são diferentes segundo as normas impostas por esta sociedade, não é porque eles querem ou se fazem de diferente, mas porque são assim desde o seu nascimento, desde quando se entenderam por gente. Estou falando daqueles que já são o que são desde a sua concepção, e não dos que são moldados por uma educação alicerçada em valores que desrespeitam o ser humano. 

Vamos raciocinar juntos: quem é que em sã consciência gostaria de ser diferente, correndo o risco de ser rejeitado pelos outros, por sua própria família, que muitas vezes não o aceita, como a pessoa é, quem é que estaria disposto a ser colocado contra a parede, servindo de alvo para se atirar pedra? Obviamente, ninguém! Então, se a pessoa prefere correr esse risco, é porque para ela é melhor ser apedrejada, e poder viver a sua realidade, do que ser aceita pelos bons costumes dessa sociedade hipócrita, mas não ter vida própria, não ter a felicidade tão desejada por todos nós. É urgente que façamos um esforço para compreendê-los, e mais ainda enxergar isso dentro do seio familiar, uma vez que a sociedade é o reflexo da nossa casa.

Portanto, se Jesus acolheu a todos sem distinção, sem ficar questionando o porque disso ou daquilo, façamos o mesmo e acolhamos os ditos leprosos que ainda não conseguimos acolher; e o principal de tudo, é que este leproso também somos nós, é bom que isso fique claro!

Falando com Deus - A casa construída sobre a rocha e a casa construída sobre a areia. Mt 7, 21-29

Assim como ao longo desta semana, o evangelho de hoje também nos mostra que não adianta o viver de aparências, não é isso que nos dará a vida eterna ao lado de Cristo. Mas sim, o viver fielmente aquilo que aprendemos dele, e o colocamos em prática dia-a-dia. Viver apenas na retórica como falei ontem é próprio dos hipócritas; não sejamos assim!

A prudência de quem edifica a sua casa nos valores cristãos, é a de quem educa sua família na solidez de um cristianismo vivido e não apenas falado, é o mínimo que se deve fazer em vista de uma sociedade em que os valores humanos deveriam estar sempre em primeiro lugar.

Viver de maneira egoísta, com pensamentos mesquinhos, sem se importar com o bem estar do outro e depois se imaginar cristão, apenas por devolver o dízimo fielmente, por não faltar a celebração dominical, por participar friamente de meros preceitos, é o mesmo que construir sua casa em alicerces de areia, cedo ou tarde esse edifício virá ao chão e todos saberão que cristão somos nós.

Enfim, é dever de todo bom cristão cumprir com os preceitos da Igreja, mas em primeiro lugar vem os preceitos humanos vividos dentro do seio familiar e transbordados para o próximo na melhora da comunidade em que estamos inseridos. Portanto, façamos um sem menosprezar o outro.

Falando com Deus - Pelos seus frutos vós os conhecereis. Mt 7, 15-20

Jesus está diante dos discípulos fazendo um alerta muito importante: cuidado com aqueles que chegam até vocês com belas palavras, belos discursos, quando na verdade estão apenas na retórica, pois se prestarmos atenção na vida real deles, veremos que não fazem o que pregam. Portanto, fiquem atentos as pessoas que são eloquentes demais!

Esse alerta serve principalmente para aqueles que se dizem homens da palavra, aqueles que se dizem homens de Deus, os quais vivem a espalhar suas doutrinas, ao invés de pregar a verdadeira Palavra com a sua própria vida. É por isso que Jesus nos fala, que pelos frutos desses pseudos profetas, vós conhecereis se de fato são o que dizem ser.

Fiquemos de orelha em pé e de olhos bem arregalados para entender quem de fato está condizente com os ensinamentos de Deus, e assim poder confiar e acreditar naquilo que está sendo dito para fazermos. Belos discursos, belas palavras só têm valor se vierem acompanhados da prática.

Portanto, façamos do ser cristão uma forma especial de viver a nossa vida, onde não precisaremos convencer ninguém com meras palavras, mas apenas com nossos gestos e atitudes diante das realidades do dia-a-dia, pois, o nosso cristianismo não é uma simples doutrina, e sim, uma forma de vida, a qual deve ser confirmada pelos nossos atos.

Falando com Deus - Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Mt 7, 6. 12-14

Os ensinamentos de Jesus são cristalinos, além de serem tão puramente simples, que chega a ser escandaloso não conseguirmos colocá-los em prática. E porque não conseguimos, mesmo tendo esse discernimento? Não seria por causa do nosso egoísmo, que ao invés de pensar no outro, só temos olhos para o nosso próprio umbigo?

Você já imaginou se cada um de nós fizesse ao outro aquilo que gostaríamos que fosse feito a nós? Certamente o mundo seria bem diferente, pois, jamais faríamos algo de ruim ao irmão, uma vez que não queremos que façam nada de mal a gente.

Percebe como é simples o ser Cristão de verdade? Então, porque não o somos, se vivemos dentro de Igrejas abarrotadas de pessoas se dizendo cristãs, se dizendo arrependidas, suplicando pela cura de suas mazelas, mas de que isso adianta, se ao sair da celebração, tudo volta a ser como antes!

Ontem Jesus dizia para não tentarmos tirar o cisco no olho do irmão, quando ainda temos uma trave em nosso olho. Hoje ele diz que façamos ao próximo aquilo que queremos que nos façam. Entende como os ensinamentos são claros e simples?! Sendo assim, vamos juntos iniciar essa prática de ser um Cristão de verdade, pois nunca é tarde para amar!

Falando com Deus - Tira primeiro a trave do teu próprio olho. Mt 7, 1-5

Esta passagem do evangelho se refere a quem ama o próximo com um amor sem medida, pois, quem consegue enxergar no outro apenas o lado bom, mesmo diante de uma situação de pecado, este ama de verdade. Quando alguém comete um erro, somos tentados a apontar o pecado dele com uma velocidade, de quem não consegue amar nem a si mesmo, e infelizmente isso acontece com frequência.

Entretanto, quando o verdadeiro amor está em nós, o que parece ruim nos faz ter compaixão, nos faz ter piedade, e nos faz mais ainda; na verdade nos faz amar aquela pessoa que está em pecado, de uma forma que brota em nós um sentimento de mudança de vida, de deixar aquilo que está nos pervertendo definitivamente para trás.

É muito fácil acusar alguém e esquecer que nós também temos nossas mazelas, o difícil é se colocar no lugar do outro. Portanto, antes de tecer qualquer acusação por mais justa que seja, procura primeiro limpar a sujeira que ainda está entranhada em você.

Que bom seria se ao invés de apontar o erro do irmão, juntos pudéssemos limpar as nossas sujeiras com a colaboração uns dos outros, pois, eu, você, todos nós deveríamos ser os primeiros a pedir socorro para limpar as sujeiras que ainda estão impregnadas em nosso coração. Lembre-se, sozinhos somos fracos e juntos somos fortes.

Falando com Deus - Não tenhais medo daqueles que matam o corpo. Mt 10, 26-33

No domingo passado, Jesus escolheu seus discípulos e os enviou, dando-lhes instrução de como se portar no meio de um povo, que certamente não os queriam por perto.

Hoje, sabendo Jesus, que esta missão não seria fácil, foi logo deixando claro que haveriam perseguições e que encontrariam muitas dificuldades pelo caminho, mas garantiu que ao final, se todos fizessem como ele os instruiu, sem negá-lo diante das dificuldades encontradas na missão, estariam garantidos no Reino de Deus, pois o próprio Jesus testemunharia em favor deles.

Agora, faço uma pergunta para nós: estamos preparados para enfrentar perseguição por causa de Jesus? Como está a nossa vontade de evangelizar, seja onde for? Como estamos lidando com as dificuldades e leviandades que muitas vezes enfrentamos para testemunhar Jesus em nosso dia-a-dia? Essas perguntas são de respostas individuais, cada um deverá parar e refletir como tem feito para levar adiante a missão que Cristo nos deixou!

Claro que nós sabemos que não seria fácil, pois, Jesus nos alertou para isso. Contudo, ele também nos deixou claro de que estará ao nosso lado para nos fortalecer e ser nosso advogado diante do Pai Eterno.

Enfim, fazer o que é correto neste mundo das desigualdades não é tão fácil o quanto gostaríamos que fosse, isto é a dura realidade. Entretanto, o que realmente importa, é que mesmo diante das intempéries, dos obstáculos que certamente encontramos em nossa missão, a gente não desanime e façamos o bem sem olhar a quem. Agindo assim, estaremos fazendo o que é correto e dando testemunho a todos de que realmente acreditamos nos ensinamentos de Jesus, como também, estaremos demonstrando a certeza que temos de que, Jesus está do nosso lado para nos fortalecer e nos confortar sempre que precisarmos.

Falando com Deus - Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Mt 6, 24-34

E como não nos preocupar com o dia de amanhã se as contas não param de chegar, se a dificuldade financeira é cada vez maior? De fato, tudo isso é verdade, porém, quem confia plenamente na misericórdia de Deus, esse relato não se torna um problema, pois, temos a convicção de que tudo se acertará conforme a vontade dele.

Entretanto, é bom estarmos atentos para não colocar o que é supérfluo a frente das coisas que realmente importam. É óbvio que Deus já sabe do que precisamos mesmo antes de o pedirmos. Contudo, para que as coisas aconteçam em nossa vida, se faz necessário a nossa participação ativa, uma vez que de braços cruzados não conseguiremos nada.

Portanto, ter confiança em Deus, é saber que tudo dará certo, mesmo que pareça o contrário. Deus sabe das nossas necessidades, sabe do que realmente é necessário para a nossa sobrevivência. Mas, e nós, sabemos o que realmente é necessário? Temos colocado em primeiro lugar aquilo que realmente importa ou ainda estamos atrás de banalidades para satisfazer a nossa vontade desvairada?

Falando com Deus - Sou manso e humilde de coração. Mt 11, 25-30

Falando com Deus - Vós deveis rezar assim. Mt 6, 7-15

Prá você o que significa rezar? Qual o sentido da expressão: vamos rezar?

Bom, rezar tem seu sentido original no “ORARE”, que vem do Latim, que significa recitar uma fórmula, um ritual, uma súplica. Isso é a etimologia da palavra em si. Mas, e para nós o que de fato significa esta expressão, rezar?

Certamente, muitos vão dizer que, rezar é falar com Deus, o que obviamente está correto. Entretanto, como é que esse conversar com Deus tem se dado em nossa vida? Será que realmente estamos conversando com Deus, ou estamos meramente recitando fórmulas? 

E quando é que estamos fazendo isso, apenas quando estamos necessitados de algo ou pela alegria de estar diante de Deus? Saiba você que o ato de rezar não é um simples recitar, mas falar concretamente com quem existe de fato, e está a nos esperar a qualquer momento para ouvir as nossas súplicas.

Portanto, que este ato de rezar, não seja mais um simples ato de proclamar fórmula, mas de falar com Deus, que nos espera cotidianamente para nos ouvir, e para nos atender naquilo que nos for realmente necessário.

Falando com Deus - Teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. Mt 6, 1-6.16-18

Ter orgulho do que se faz, pode em algum momento até ser bom, desde que, o que se está fazendo não seja feito com alardes, ficando apenas em nosso coração, e que seja de fato uma coisa necessária para alguém que está realmente precisando da nossa ajuda.

Ainda assim, devemos ter o devido cuidado para não nos deixar levar por este sentimento que nos afasta de Deus; fazer o bem e mostrar que fez por puro orgulho, além de ser um gesto de pura vaidade desvairada, este gesto acaba por nos afastar do Pai.

Portanto, quando quisermos fazer algo que realmente mereça aplauso, vamos deixar que Deus que tudo vê, nos aplauda no momento certo. Isso é o que todo Cristão, que tem o mínimo de humildade e sensatez deve fazer.

Falando com Deus - Amai os vossos inimigos. Mt 5, 43-48

Esta passagem do evangelho de hoje, nos parece um tanto quanto complicada para se viver. Mas, quem disse que seria fácil viver a Palavra de Deus? Entretanto, sabemos que só a praticando diariamente, saberemos o que é amar de verdade.

Só o verdadeiro amor é capaz de amar o que aos olhos do mundo não se merece amar, pois é justamente nisso em que consiste o verdadeiro amor, amar a quem dizem que não se merece amar. Só o amor é capaz desta liberdade, de amar a quem parece não merecer o nosso amor. 

Amar a quem parece não merecer o nosso amor, não é uma questão de justiça, na verdade é uma questão de desprendimento de si mesmo e de amor verdadeiro ao próximo. Só quem ama de verdade é capaz de dar a outra face. 

Concluo com a frase da Pastoral da Sobriedade, onde diz assim: me ame quando menos mereço, pois é quando mais preciso.

Falando com Deus - Eu vos digo: não enfrenteis quem é malvado. Mt 5, 38-42

Em tempos remotos existia a chamada Lei de Talião, onde o que se fazia com alguém o outro poderia requerer o direito de vingança fazendo o mesmo com o seu infrator. Isso valeu por muitos anos, era algo terrível, entretanto, era a regra daquele tempo.

Já com a chegada de Jesus as coisas mudam, pois, os seus ensinamentos nos mostram claramente que, não somos adversários, mas irmãos uns dos outros, e sendo irmãos, logo não somos inimigos.

Contudo, não entenda que temos que dar a outra face, parecendo sermos tolos, não é isso, apenas não devemos nos igualar ao outro pela violência, pois o Cristão não se faz igual a ninguém pelo desamor e sim pelo amor.

Enfim, não se deixe levar pelo ódio, mas pelo amor que Jesus nos pregou. Lembre-se violência só gera mais violência

Testemunho de Fé e Vida - Dom Matias Patrício de Macedo

Hoje trazemos a história de Dom Matias Patrício de Macedo

Família

Dom Matias nasceu no dia 14 de abril de 1936 na cidade de Santana do Matos no Rio Grande do Norte. Ele que é o primogênito de uma família de 16 filhos. Seu pai José Patrício de Macedo era comerciante, tendo uma mercearia, que naquele tempo podemos dizer que era no mínimo o mercadinho da cidade. Já sua mãe Luíza Valdenita da Cunha, era do lar, sendo prendada nos afazeres domésticos, como na educação dos filhos. Ainda criança ele se muda com a família para a cidade de Angicos, também no Rio Grande do Norte, na qual foi criado e educado.

Estudos Escolares

Na cidade de Angicos ele inicia os estudos primários no Grupo Escolar José Rufino, onde conhece o então pároco da cidade, o padre Manoel Tavares, o qual foi seu primeiro catequista. Este vigário depois viria a ser nomeado Bispo de Caicó. Nesta época o ainda Padre Manoel Tavares funda uma escola para atender crianças da região, sendo dividida em duas alas, a dos meninos e a das meninas. Então o jovem Matias Patrício passa a colaborar com o vigário ajudando na ala dos meninos. Os seus serviços eram muito importantes e tão bem realizados que, o padre administrador da escola quando precisava se ausentar, confiava a ele a responsabilidade da mesma. Aquilo era para o menino Matias Patrício uma responsabilidade grande, porém, ele realizava aquela tarefa com muito zelo e prazer.

Estudos Eclesiásticos

Com apenas 13 anos foi convidado para ingressar no seminário, mas disse não. Já no ano seguinte, no início de 1951, aceita o convite desta vez, sendo enviado para o Seminário de São Pedro em Natal, onde foi recebido pelo então Reitor, Monsenhor José Adelino que depois seria eleito Bispo, assumindo a Diocese de Caicó, no ano seguinte. A passagem do seminarista Matias Patrício de Macedo pelo Seminário foi marcante, pois fazia de um tudo, ele era muito prestativo, aliás como sempre o foi, desde os tempos de ajudante do Vigário Manoel Tavares, na verdade ele era um verdadeiro artífice. Cito apenas alguns predicados dele: era mordomo, enfermeiro, barbeiro, além de ser um bom goleiro de futebol. Aqui conto um caso entre tantos casos curiosos do Seminarista Matias Patrício. Foi quando ele quebrou o braço direito em um desses jogos de futebol, na recreação entre os seminaristas, fato que o obrigou a aprender a escrever com o braço esquerdo, uma vez que ele é destro e teria que fazer os estudos obrigatórios. Ele conta que foi difícil aprender a escrever com a outra mão, mas conseguiu. Uma outra curiosidade da estadia de Dom Matias no Seminário em Natal, foi a substituição de Dom Adelino como reitor, por Dom Alair, que na época era o Monsenhor Alair Vilar, ele que anos mais tarde assumiria a Arquidiocese de Natal. Este seria o terceiro padre que veio a ser bispo, com o qual conviveu antes da ordenação. Em 1957 foi enviado para o Seminário da Prainha em Fortaleza, onde concluiu a Filosofia e a Teologia, estando pronto para a missão como padre da Igreja.

Ordenação

Dom Matias foi ordenado Presbítero no dia 14 de julho de 1963, pelo então Arcebispo de Natal, Dom Eugênio Sales, em celebração realizada na antiga Catedral de Nossa Senhora da Apresentação em Natal. Após a ordenação ele retorna para a conclusão dos estudos teológicos, ainda no Seminário da Prainha em Fortaleza, onde passa a colaborar na celebração de missas, junto às paróquias próximas ao seminário, permanecendo assim até o final do ano de 1963.

Missão

Em dezembro de 1963, é nomeado Vigário Cooperador da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Ceará Mirim, permanecendo até meados de 1964, quando é transferido para assumir a Paróquia de Canguaretama e Pedro Velho, tomando posse em 10 de julho deste mesmo ano. O ainda padre Matias Patrício de Macedo permanece nesta paróquia até 1968 quando é transferido para a Paróquia da Imaculada Conceição em Nova Cruz, onde realiza um trabalho pastoral bastante significativo por 22 anos.

Episcopado

Dom Matias ainda era pároco de Nova Cruz, quando recebe a nomeação para ser bispo de Cajazeiras na Paraíba, tomando posse no dia 21 de outubro de 1990, permanecendo por 11 anos a frente desta diocese. A ordenação episcopal foi realizada na Matriz da Imaculada Conceição em Nova Cruz, sendo presidida pelo já Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Alair Vilar. Um dos serviços pastorais que registramos em seu governo a frente desta Diocese, foi o II Congresso Eucarístico Diocesano em comemoração aos 80 anos da Diocese de Cajazeiras, o qual foi realizado em junho do ano 2000. Ainda neste mesmo ano, foi nomeado Bispo Coadjutor da Diocese de Campina Grande na Paraíba, onde no ano seguinte, portanto em 2001, toma posse como o novo bispo titular da referida Diocese, ficando até 2003 quando foi elevado a Arcebispo de Natal. Sua posse ocorreu em 25 de janeiro de 2004, em cerimônia realizada na Catedral Metropolitana de Natal

Como Arcebispo de Natal Dom Matias entrou para história da Arquidiocese como aquele que até o momento ordenou o maior número de padres em um mesmo governo episcopal, sendo 58 em sua totalidade. Contudo, esta não é a sua melhor marca, e sim, a celebração do Centenário da Diocese de Natal, a qual foi criada em 1909, tendo seus festejos realizados no ano de 2009, quando na ocasião, entre tantos trabalhos pastorais realizados, como as Santas Missões Populares, inclusive este foi um dos trabalhos pastorais que mais marcaram a passagem de Dom Matias a frente da Arquidiocese; destacamos principalmente a impressionante construção de 102 capelas nas mais diferentes regiões geográficas da Arquidiocese, homenageando a marca centenária da Diocese de Natal. E por fim, neste mesmo período também foi realizado o I Congresso Eucarístico Missionário encerrando os festejos do Centenário de criação da Diocese.

Atualmente Dom Matias está emérito e vive na tranquilidade da sua residência, mas sempre que procurado, com muita solicitude atende a todos com paciência e presteza.

Entrando em contato

Se você quiser entrar em contato com ele é só enviar carta para Rodovia BR 101, Km 76, s/n Bairro de Emaús em Parnamirim/RN o CEP é 59.150-000

Falando com Deus - Jesus chamou seus doze discípulos e os enviou. Mt 9,36-10,8

Somos um povo de Sacerdotes, somos o povo eleito, o povo certo para a missão que Jesus deixou: pregar a sua Palavra por todas as partes, batizando todos em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. E para isso, no evangelho de hoje, Ele escolhe doze discípulos, significando cada um de nós, e os envia para a missão, que a partir de agora será nossa.

Ao longo da semana que passou observamos por várias vezes, Jesus nos instruindo para levarmos os seus ensinamentos aos confins da terra. Hoje, Ele nos escolhe e nos envia para missão, dando as devidas instruções, as quais devemos entender como, instrução para não cair na tentação de se achar que, sozinhos podemos fazer qualquer coisa, quando na verdade, sem Jesus não somos nada, nem conseguiremos cumprir com a missão.

Também é importante se entender que, quando ele nos manda para as ovelhas perdidas da casa de Israel; quando nós já sabemos que a sua Palavra é para todos, é porque naquele tempo ainda se fazia esta separação, mas com a sua Páscoa, ou seja, com a sua ressurreição, fica muito claro que os seus ensinamentos são para todos, sem discriminação nenhuma.

E para concluir esta reflexão, digo que, será muito bom que todos nós tenhamos uma coisa em nossa mente: pelo batismo nos tornamos Sacerdotes, Profetas e Reis. Portanto, a missão a partir de agora é nossa, e em comunhão com a Igreja institucional e a Igreja Povo de Deus, somos todos enviados a colaborar com a missão de Jesus aqui na terra, e isto é responsabilidade de cada um de nós.

Falando com Deus - Eu vos digo: não jureis de modo algum. Mt 5, 33-37

Era corriqueiro para os judeus do tempo de Jesus, agir da forma como Cristo nos mostra hoje. Dizer que jurava por algo para dar firmeza as suas palavras. Porque será que se socorriam destas palavras para dar veracidade a algo que muito provavelmente era mentira. Quando a sua palavra por si só não basta, no mínimo algo estranho deve haver por trás, pois, quando precisamos de subterfúgios para dar força ao que falamos é porque nossas ações não condizem com o que dizemos, ou seja, quem sempre fala a verdade não precisa de mais nada para mostrar que de fato está falando a verdade.

As coisas erradas sempre vão andar de braços dados com a mentira, são como unha e carne, não se separam por nada. Se você pensa em fazer algo de errado, não faça, pois como disse Jesus no evangelho de ontem, é melhor perder um membro do nosso corpo, do que entrar com ele no inferno.

Portanto, que a verdade seja a mais íntima de nossas companhias, que as nossas atitudes reflitam o nosso cotidiano, a nossa maneira de viver, e assim, não seja necessário usarmos de outros artifícios para darmos veracidade aquilo que estamos falando

Falando com Deus - Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Mt 5, 27-32

Continuamos hoje, com os ensinamentos de Jesus, no que tange o aperfeiçoamento da Lei, pois como Ele mesmo já nos disse, não veio abolir, mas aperfeiçoá- la. Portanto, devemos cumprir-la de uma forma que seja justa para todos e não apenas para alguns, como no caso dos homens e mulheres do seu tempo, onde, na maioria das vezes, as leis davam razão apenas aos homens.

Entretanto, Ele não nos quer meros cumpridores da Lei. Na verdade, quando Ele nos diz que é melhor perder um membro do nosso corpo do que ir para o inferno, está afirmando para nós que, o que mais importa, não é o cumprir a lei pela lei, mas fazer a justiça de Deus acontecer entre os homens, ou seja, não devemos querer ter razão sempre, mas nos entendermos com o outro enquanto aqui estivermos.

E quanto ao evitar olhar para outra pessoa, seja você homem, seja você mulher, é por causa da nossa fraqueza carnal. Jesus bem sabe, e nós também sabemos o quanto somos fracos para certas coisas. Neste caso, devemos cortar o mal pela raiz. Portanto, não dê brechas para aquilo que é mais forte do que você; certamente não conseguirás vencer o inimigo e assim estarás indo com todo o teu corpo para o inferno, como o próprio Jesus nos falou neste Evangelho.

Falando com Deus - Minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Jo 6, 51-58

Hoje começo este momento perguntando a você: o que é ser Cristão? O que é viver como um crente? Por acaso seria viver puramente cumprindo regras, cumprindo normas litúrgicas, ou simplesmente vivendo como aquele homem, na verdade como este Deus que se fez homem e nos deixou um legado para continuarmos em sua memória, em seu nome, vivendo como um verdadeiro cristão, um verdadeiro ser que propaga os seus ensinamentos para muitos?

Esta resposta é pessoal, assim como o acreditar no Cristo Eucarístico também. Entretanto, que você acredite ou não, ele sempre esteve, ele está e sempre estará no pão e vinho transubstanciados no corpo e sangue que recebemos em cada Comunhão realizada. Esta é uma verdade de Fé, que só os simples conhecem, que só os humildes o suficiente compreendem e percebem o Cristo que está na Santa Eucaristia.

Concluo dizendo a você, que acreditar no Mistério Eucarístico, não é um simples ato de falar com a boca, eu acredito, mas um ato de Fé, que será confirmado com atitudes que condizem com os ensinamentos de Deus. Portanto, se você comunga é porque acredita no Cristo Eucarístico, e se acredita deverá colocar em prática os seus ensinamentos.

Falando com Deus - Não vim para abolir a Lei, mas para dar-lhe pleno cumprimento. Mt 5, 17-19

Quando Jesus nos diz isso, o que será que passa por nossa cabeça? Será que pensamos que dar pleno cumprimento é fazer tudo ao pé da letra, é fazer ipsiliter, ou pregar o que está escrito e pronto? Certamente não são essas coisas, pois, mesmo sabendo que a Lei é feita para ser cumprida, também sabemos que o seu efeito deve está de acordo com os tempos, com o momento em que estamos vivendo. Tem coisas que fazemos hoje que antes não era permitido, ou seja, a Lei tem que ser melhorada no sentido de acolher a todos e não servir para o esbanjamento de alguns.

Dar pleno cumprimento também pode ser entendido como fazer a Lei acontecer para todos, não apenas para alguns. A plenitude é para todos, a plenitude não deve ser apenas para alguns mais favorecidos. Muito pelo contrário, pois com a chegada de Jesus, ele nos mostra claramente que a Lei pode estar perfeita, mas para que ela seja plena, ela deverá atender ao anseio de todos e não apenas de alguns.

Portanto, não queiramos nos aproveitar dela em benefício próprio. Não queira se apropriar do que é para todos. Se ela for plenamente cumprida, ninguém ficará de fora dela, e todos nós seremos beneficiados igualmente. Jesus é o ápice da plenitude da Lei; vamos nos espelhar nele e assim, certamente também nós, daremos pleno cumprimento a ela.

Falando com Deus - Vós sois a luz do mundo. Mt 5, 13-16

Para muitos essas palavras de Jesus não era de fácil compreensão, primeiro, porque muitos não queriam acreditar no que ele pregava, segundo, porque não entendiam e terceiro, porque não aceitavam o que ele falava. Ontem Jesus nos falou das Bem-aventuranças, nos dizendo claramente que agindo conforme os seus ensinamentos mesmo diante de agonias, de dificuldades das mais diversas, a consolação da vida eterna já nos está garantida.

Hoje, ele nos confirma tudo isso, dizendo que somos a luz do mundo e o sal da terra e que sendo assim, seremos a consolação de muitos, seremos o sinal para tantos que não conseguem enxergar a verdadeira luz e não conseguem sentir o verdadeiro sabor da vida.

Portanto, a nossa responsabilidade enquanto cristãos, enquanto filhos de Deus, além de servir para nossa salvação, também deverá servir como exemplo daqueles que realmente acreditam na eternidade, levando muitos a se converterem, como também passarem a acreditar na ressurreição de Cristo, mudando de vida e sendo mais um sinal de Deus no mundo.

Falando com Deus - Bem-aventurados os pobres em espírito. Mt 5, 1-12

O que é a pobreza de espírito, o que é ser Bem-aventurado em espírito? Não seria a alegria do desapego a tudo e a todos, não seria o desprendimento do que é deste mundo, no sentido de não se desesperar com o sofrimento que se estar vivendo, e ter mais confiança neste Deus que nos dará com certeza a vida eterna? Ser pobre em espírito, além de tantas outras coisas, é principalmente viver esta vida terrena de sofrimento, crendo que a felicidade eterna não é uma utopia, mas uma verdade.

Jesus quando nos fala das Bem-aventuranças, ele verdadeiramente está nos dizendo para continuarmos firmes, para continuarmos a nossa labuta diária. Contudo, ele não diz para nos conformar com as dificuldades em que nos encontramos, ele não diz para simplesmente acharmos que está tudo bem e pronto, não mesmo. Na verdade, nós temos que continuarmos firmes na certeza da vitória, ainda que isso pareça distante e impossível

E para nós o que é ser Bem-aventurado? Ou melhor, será que acreditamos nas Bem-aventuranças, nesta promessa feita por Jesus? Será que entra dia e sai dia, entra ano e sai ano, e a gente não muda? Fazemos tudo do mesmo jeito, não lutamos para mudar as coisas, acreditando que tudo mudará do dia para a noite, sem fazermos nada, sem descruzar sequer os braços. O Bem-aventurado vai a luta, ele não age assim, e isso não por querer vencer na força, a qualquer preço, mas por ter a certeza de que a vitória é certa.

Falando com Deus - Deus enviou se Filho mundo, para que o mundo seja salvo por ele! Jo 3, 16-18

Neste Domingo da Santíssima Trindade nos é apresentada a comunidade perfeita, apesar da mente humana ainda não ser capaz de a compreender em sua plenitude; hoje temos o perfeito exemplo de como viver em harmonia com o irmão; celebramos o Pai o Filho e o Espírito Santo. Nesta comunidade única, percebemos o quanto Deus é perfeito e o quanto ele nos quer semelhante a ele, a ponto de nos enviar o seu filho para morrer por nós. Deus nos quer iguais a ele, vivendo também em uma comunidade exatamente igual a dele. A celebração da Santíssima Trindade é especialmente a celebração do viver em harmonia na comunidade perfeita. 

No início só Deus era conhecido, mas, ele nos enviou o seu filho Jesus Cristo e com Advento dele, passamos a conhecer também o Espírito Santo e, aí ter uma pequena noção da comunidade perfeita, da Comunidade trinitária. E quando se diz pequena noção, é porque a nossa compreensão ainda não é capaz de entender completamente o Mistério da  Santíssima Trindade. E através de Cristo, Deus está nos enviando o seu amor e a maneira perfeita de vivermos em harmonia com o irmão, isto não é uma utopia é a pura realidade.

Hoje em dia, mais do que em outros tempos, o homem precisa viver em comunidade, mas existe um contraditório, pois, quanto mais o homem evolui materialmente, cientificamente, mais se isola, mais foge do convívio com o outro, do convívio em comunidade,e logicamente fica a desarmonia, fica a falta de amor, de compreensão para com o outro. Se por um lado encontramos mais facilidades para tentar viver o bem-estar pessoal, por outro lado encontramos mais dificuldades para estar com Deus. Portanto, não adianta conseguir tudo materialmente, pois, tudo isso é passageiro e não tem concretude, além de nos afastar cada vez mais do convívio com o outro. Infelizmente o exemplo da comunidade perfeita, que é a Trindade Santa, tem passado longe de nossas casas.

E o que fazer para não nos deixarmos cair na tentação das facilidades humanas de hoje, onde se é muito fácil contaminar-se pela falsa necessidade de se conseguir um bem-estar que não existe, um bem estar apenas aparente? Se por um lado temos facilidades materiais, por outro temos dificuldades humanas, dificuldades de viver até com nós mesmos. Esse novo jeito de viver tem nos levado ao puro individualismo, deixando a preocupação com o outro de lado. O que fazer certamente nós já sabemos, já temos o exemplo da comunidade perfeita, a Igreja nos à apresenta especialmente hoje, mas não só hoje. Ao longo do ano a comunidade perfeita também nos é mostrada em nossas celebrações. O que falta para que possamos viver em comunhão com o irmão, ou seja, seguir o exemplo da Santíssima Trindade é o nosso querer, apenas isso!

Falando com Deus - Esta pobre viúva deu mais do que todos os outros Mc 12, 38-44

Os doutores da Lei se achavam dignos porque eram cumpridores de preceitos e por isso tinham o direito de estar nos melhores lugares. Davam altas quantias do que lhes sobravam para o Templo, acreditando que assim estariam garantindo seu lugar na eternidade.

Entretanto, sabemos que Jesus Cristo não é comerciante, ele não está para nós como um mercador do toma lá da cá, não mesmo. Ele prefere o que damos de coração, seja o que for, pois ele não mede quantidade nem valor, mas percebe o que realmente fazemos de coração.

A viúva do evangelho ao contrário dos doutores da Lei, deu tudo o que tinha e não apenas o que lhe sobrava. E nós o que estamos fazendo, dando tudo o que temos, na esperança e na confiança de que Deus não nos desampara ou estamos iguais aos doutores da Lei, que além de dar apenas do que sobrava, ainda o davam com segundas intenções?

Testemunho de Fé e Vida traz a história de Dom Jaime Vieira Rocha

Hoje trazemos a história de Dom Jaime Vieira Rocha

Família

Dom Jaime nasceu na cidade de Tangará, na Região Trairi do Estado do Rio Grande do Norte, no dia  30 de março de 1947, numa família de dez filhos, sendo ele o sétimo.

Seu pai, José Patrício Vieira de Melo, era agricultor e como fazia bem o seu trabalho, acabou assumindo a administração da Fazenda Cruzeiro localizada a 6 k da zona urbana da cidade; já sua mãe, Maria Nini Rocha, era do lar, onde exercia com muita alegria o seu papel principal de esposa e mãe, sendo exemplo de mulher que colabora com o marido para o bem estar da família.

Estudos Escolares

Estudou na Escola Isolada Elvira Lins até a terceira série do primário, quando foi para a vizinha cidade de Santa Cruz a convite do Pároco Monsenhor Ernesto, onde concluiu o estudo fundamental. Aos 14 anos foi enviado para o Seminário São Pedro em Natal; ali, ele concluiu o Ginásio e o Ensino Médio, já como Seminarista. Com a conclusão dos estudos escolares, prestou vestibular e entrou no curso de Sociologia Política da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, no ano de 1968, sendo diplomado em 1971.

Estudos Eclesiásticos

Já em 1972, portanto, no ano seguinte a conclusão do curso superior, o até então seminarista Jaime Vieira Rocha, passa a residir na capital de São Paulo para cursar Teologia pela Faculdade Nossa Senhora da Assunção, este curso obviamente é uma das exigências em vista a ordenação. O curso foi concluído em 1974.

Ordenação

Com a conclusão da Teologia o Seminarista Jaime estava pronto para a Ordenação, a qual foi realizada pelo então Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Nivaldo Monte. Dom Jaime recebeu o Diaconato ainda em 1974 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, na vizinha cidade de  Serra Caiada/RN. No ano seguinte, mais precisamente no dia 01 de fevereiro de 1975, foi ordenado Presbítero, também por Dom Nivaldo Monte; desta vez a ordenação se deu no Ginásio Poliesportivo do SESC, em Natal.

Missão

Recém-ordenado sacerdote foi designado para a Paróquia de São João Batista, no município de   Pendências/RN, onde foi pároco por 12 anos, permanecendo até 1987.

Neste período em que esteve à frente da Paróquia de Pendências, o Padre Jaime Vieira Rocha exerceu seu Ministério com ardor missionário, de quem estava ali para servir e não para ser servido. Participou e fundou muitos movimentos enquanto por lá esteve. Promoveu ações para melhorar as moradias das famílias locais, destacando-se na reforma das casas de taipas para casas de alvenaria. Quando da instalação da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, participou ativamente do Movimento de Transferência das Famílias da antiga cidade de São Rafael para a nova cidade de mesmo nome, que estava sendo construída, a qual abrigaria todos atingidos pela as águas da barragem. Também foi Secretário de Educação da cidade de Pendências colaborando diretamente com a alfabetização de muitas crianças, jovens e adultos.

Em 1987 é convidado pelo Arcebispo para assumir uma nova função, a de Reitor do Seminário São Pedro em Natal. Padre Jaime prontamente aceitou a missão a qual desempenhou até 1995.

Durante este período acumulou também as funções de coordenador arquidiocesano de CEBs, e participou como membro da Comissão Regional, também das CEBs; exerceu ainda a função de Vigário Episcopal para as pastorais sociais, além de Coordenador Arquidiocesano de Vocações e Ministérios e Diretor Espiritual do Encontro de Casais com Cristo o ECC.

Episcopado

Ainda como Reitor do Seminário de São Pedro, no dia 29 de novembro de 1995, recebeu o comunicado da Santa Sé Apostólica, no qual era nomeado Bispo Diocesano de Caicó. Sua ordenação realizou-se no dia 6 de janeiro do ano seguinte, ou seja, em 1996. A cerimônia foi realizada na Basílica de São Pedro, em Roma e o ordenante principal foi o então Papa, João Paulo II, hoje nos altares da Igreja como São João Paulo II.

Dom Jaime escolheu como lema episcopal a frase de São Paulo: “Scio cui credidi”, que quer dizer “Sei em quem acreditei”.

Tomou posse na Diocese de Caicó em 1996, permanecendo na Igreja Seridoense até 2005, quando no dia 16 de fevereiro deste mesmo ano, o Papa João Paulo II o nomeia Bispo Diocesano de Campina Grande, na Paraíba. Dom Jaime foi acolhido e tomou posse no dia 23 de abril de 2005. Já como Bispo Diocesano de Campina Grande, assume também a função de Administrador Apostólico da vacante Diocese de Guarabira, nas proximidades da Capital da Borborema, acumulando esta função por dois anos. Ainda neste período foi escolhido Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para a Vida e a Família e Vice-Presidente do Regional do Nordeste 2 da CNBB. No dia 21 de dezembro de 2011 foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Natal, pelo então Papa, Bento XVI.

Em 26 de fevereiro de 2012, ou seja, no ano seguinte, toma posse como 9º Bispo de Natal,  passando a ser o 6º Arcebispo Metropolitano da capital potiguar; a cerimônia de acolhida e posse foi  realizada na Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Apresentação em Natal..

Como Bispo, entre outras coisas, já exerceu a função de Bispo Referencial da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada, no Regional Nordeste II da CNBB. Também participou do II Congresso Mundial para as Famílias, realizado no Rio de Janeiro em 1997, com a presença do então Papa, João Paulo II. Na ocasião Dom Jaime era o Bispo Referencial para as Famílias do Regional Nordeste II da CNBB. Participou ainda das negociações do Movimento dos Atingidos e Atingidas pela Barragem de Oiticica, junto ao Governo do Estado do RN no ano de 2015. 

Atualmente, além de ser o Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime, é o Bispo referencial para a Pastoral da Comunicação do Regional Nordeste II da CNBB.

Ele escreve mensalmente para a Revista A Ordem da Arquidiocese de Natal, como também, mantém o Programa A Voz do Pastor, que vai ao ar de segunda a sábado na Rádio Rural de Natal.

Entrando em contato

Se você quiser entrar em contato com Dom Jaime, é só agendar uma visita no Gabinete do Bispo, que está aberto de segunda a sexta-feira no subsolo da Catedral de Natal, ou enviar um email para arcebispo@arquidiocesedenatal.org.br

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Falando com Deus - Como é que os mestres da Lei dizem que o Messias é Filho de Davi? Mc 12, 35-37

PODCAST

Os Judeus não acreditavam em Jesus, não aceitavam que ele era de fato o Filho de Deus, aquele que veio para nos libertar da opressão do inimigo. Isso se dava por causa dos pensamentos humanos, frágeis e egoístas dos judeus, pois eles queriam um messias que chegasse pronto para a guerra, pronto para vencer o inimigo com armas humanas.

Jesus não é esse messias, ele não é do tipo que vence o inimigo com armas de fogo, armas de guerra. Ele é muito mais que isso; Ele é puro amor, e sendo amor, não vence o outro com as armas do inimigo, mas com as armas da sua Palavra, do seu Amor, da sua forma de conquistar o próximo. Esse é o verdadeiro Messias que devemos esperar.

Mas, fica a questão: será que nós não estamos nos deixando levar por qualquer palavra bonita que nos é dita, será que não estamos indo na conversa de qualquer um? E ainda uma outra questão: porque será que nos deixamos levar por belas palavras? Será que nós também não pensamos como o inimigo e preferimos nos unir a ele, mesmo sabendo que o que ele nos diz não é correto? Que cada um reflita e reconheça o verdadeiro Messias!

FALANDO COM DEUS - Não existe outro mandamento maior do que estes! Mc 12, 28-34

Amar a Deus sobre todas as coisas não é simplesmente falar, é fazer, agir, demonstrar com atos que realmente amamos a Deus sobre todas as coisas, pois fazer isso apenas da boca para fora é fácil, todos nós podemos fala isso; certamente você já deve ter falado hoje ou em outro dia, mas será que amamos a Deus mesmo? 

E como seria demonstrar que o amamos de fato? Será que amando o próximo não estaríamos ao mesmo tempo, amando o criador? Pois é justamente no complemento do mandamento maior, Amar a Deus sobre todas as coisas, que ratificamos o nosso amor a Ele, pois, amar ao próximo como a nós mesmos, nada mais é do que concretamente amar a Deus.

Se assim agíssemos sempre o mundo não estaria da forma como está, pois eu amando você, você amando o próximo, e esse próximo amando uma outra pessoa, certamente esse amor chegará até mim, como num ciclo em que o amor estaria em constante movimento por cada um de nós, tornando-se um círculo virtuoso, onde o desamor não teria como penetrar e todos seríamos eternamente felizes. Isso já pode acontecer por aqui, só depende de nós!

Falando com Deus - Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos! - Marcos 12, 18-27

No evangelho de hoje, vemos claramente a preocupação que o ser humano, portanto, eu, você, todos nós, temos com o materialismo. Os saduceus não estavam preocupados com a ressurreição em si mesma, na verdade eles estavam preocupados com quem ficará com o que, após a morte; isso sim importava para eles, pois, eram acumuladores, assim como muitos de nós também somos, e obviamente queriam saber como seria a vida após a morte.

A vida após a morte não será como conhecemos aqui na terra. A nossa certeza é de que assim como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos. E acreditamos piamente que a nossa vida será uma vida de alegria, igual a dos anjos que servem a Deus dia e noite, e isso com muita felicidade.

Deixemos as preocupações materiais e nos preocupemos com o que de fato importa, pois o nosso Deus não é dos mortos, mas dos vivos.